Quem somos? O Que Queremos? Como
Caminhamos?
Tempos
houve em que, nas margens do rio Tâmega, apenas se acumulavam as casas dum
velho burgo, a lendária ponte de pedra, o sagrado mausoléu de S. Gonçalo,
envolto numa faixa branca de neblina feita das memórias imortais da vida
póstuma do santo que lhe deu nome, e uma paisagem de singular beleza. Nesses
tempos, cabia apenas à Terra o papel de fazer os homens que nela encontravam o
colo e o regaço. Por isso, impunha-se a fundação de um berço capaz de abraçar
uma missão de sublimação moral e civilizacional das gentes de Amarante. Nasceu,
assim, o Colégio de São Gonçalo, uma instituição que cresceu e que soube
redimensionar-se para servir quem nele procura uma instrução sólida e
competente, alicerçada num ideário que, hoje como no princípio, encontra na
moral cristã o espírito que a tem guiado, numa epopeia educativa de um projecto
que, desde cedo, assumiu a diferença.
O
Colégio de São Gonçalo, estabelecimento de ensino privado, sem fins lucrativos,
pertencente à diocese do Porto, procura manter-se fiel à sua história sem
deixar de ser uma escola do seu tempo. Se na sua génese foi capaz de
possibilitar a frequência de estudos a muitos alunos que, se ele não existisse,
ficariam apenas com o ensino primário, hoje, o Colégio aparece, neste tempo e
no seu contexto geográfico, com o objectivo de continuar a ajudar quem o
procura, no seu desenvolvimento cultural e humano, em ordem à realização
pessoal e colectiva. O Colégio de São Gonçalo não é uma escola de elite – abre
as suas portas a alunos de todas as camadas sociais; não rejeita e não
privilegia – está, responsavelmente, com todos os que precisam. Está, de pé,
para ajudar a crescer quantos lhe batem à porta – nunca impediu o «pobre» de
frequentar as suas aulas nem despediu ninguém pelo incumprimento das magras
mensalidades que pratica. É, hoje, uma escola grande, quer na dimensão física
quer na «massa» humana que a frequenta. O Colégio espera, confiante, a hora do
cumprimento integral da Constituição da República, no ponto em que diz que o
ensino particular, em Portugal, existe de direito e de facto e aqueles que o
querem frequentar devem ter acesso gratuito à frequência desse ensino,
proporcionando-se aos pais poder económico que lhes permita livremente escolher
a escola para os seus filhos. E o Colégio de São Gonçalo, obra nascida do sonho de quem sempre
dedicou a sua vida ao próximo, berço de verdadeiros paladinos do espírito e da
virtude, continuará, certamente, a ser uma escolha consciente e com sentido.